Gorillaz: o experimental, o real, o virtual

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O grupo Gorillaz, liderado pelo combativo Damon Albarn, lançou neste ano o álbum Humanz e desembarca na América do Sul em dezembro para o Bue Festival (Argentina). Na última semana, uma apresentação da banda ocorrida na cidade de Colônia (Alemanha) vazou na íntegra na web, deixando pistas da turnê que vem ao território latino-americano em breve.

A virtualidade do grupo traz uma série de questões acerca das relações banda/público e estúdio/show. Se no âmbito virtual das telas e/ou armazenamento fonográfico o Gorillaz é composto por integrantes-animação, no palco Albarn e companhia se apresentam como músicos reais, enquanto paradoxalmente os desenhos emergem no telão para estabelecer o jogo imagético dos tempos de imagem-valor.

Musicalmente o som do Gorillaz combina dance, hip hop e indie. No entanto, no show os recursos sintéticos do estúdio que reduzem a presença de vozes e instrumentos tocados dão lugar a uma banda robusta, com quatro backing vocals, baixo, guitarra, bateria, teclado e piano. O desencaixe e combinações não-lineares entre o acústico e o eletrônico são as grandes sacadas do grupo. Ainda há fôlego para participações especiais, como a de Jehnny Beth, do incrível Savages, em “We Got the Power”. Baita show.

Ramones no clube underground do rock

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Hilly Kristal pode ser considerado um visionário ao abrir as portas de seu modesto CBGB para artistas como Television, Patti Smith e Blondie, no final da década de 1970. O proprietário do inferninho decidira diversificar, até porque as rádios tocavam à exaustão Led Zeppelin, Black Sabbath e uma penca de bandas de rock progressivo naquela época. Na oportunidade, quatro rapazes fãs de Stooges e MC5 também fizeram sua estreia, o grupo se chamava Ramones.

Claro que não podemos esquecer que os Ramones admiravam as bandas da chamada invasão britânica (Beatles, Stones e Who), mas sua principal fonte foi o pré-punk de Iggy Pop e seus capangas de Detroit, com forte presença do garage rock do início dos anos 1960. Essa celebração estética do rock básico, de poucos acordes e muita energia, delimitou uma ideia de som que influenciou uma série de outras bandas.

Tal impacto reflete diretamente no punk inglês, não à toa os dois shows (1976 e 1977) dos Ramones na Inglaterra desempenharam papel importante na consolidação do punk por lá, embora sua versão britânica tenha se tornado um movimento mais amplo e combativo – que não priorizava apenas a música, mas uma política artística (o NY Times publicou um belo texto sobre o tema nesta semana).

No CBGB, o Ramones tocou entre 16 de agosto de 1974 até fevereiro de 1976, e certamente o local está para o grupo punk como o Cavern Club está para os Beatles ou o Marquee para os Stones. O primeiro show dos Ramones não se reduz a um mero início de trajetória, mas é toda a compreensão do rock undergound que surgiu nos anos seguintes.

 

O show do Savages. O rompimento com o espaço tempo

O grupo Savages, que neste ano lançou o ótimo Adore Life, se apresentou na última semana no 9:30 Club, em Washington, com direito a registro audiovisual na plataforma NPR – que compartilhamos aqui. O lugar pequeno e o impacto da linguagem visual das integrantes da banda, no entanto, transportam o espectador ao final da década de 1970, auge do movimento punk e seu desdobramento pós-punk.

O Savages, como já falamos aqui em outras oportunidades, faz claras alusões a essa fonte sonora embora insira no âmago de sua obra textos que discutem o mundo contemporâneo. A semiose que opera em Silence Yourself (2013) e Adore Life (2016) geralmente recebe associações com o trabalho do grupo Siouxsie & the Banshees, mas em meio à sua intertextualidade é possível encontrar outros fragmentos da longínqua era pós-punk, como o conceito sombrio de The Flowers of Romance (1981), discão do PIL.

Impossível não citar a performance da Jehnny Beth, que parece também materializar esses significados distantes e modelizá-los à sua maneira, em nosso tempo. Por esses e outros motivos acho o Savages uma das bandas mais legais do rock atual.

Uma session com o Kills

 

A dupla The Kills gravou no último final de semana uma session na plataforma Deezer. A performance de Alison Mosshart e Jamie Hince é somente voz e violão, uma lindeza de linguagem visual dark e textura sonora hipnótica. Após o intervalo de cinco anos sem um álbum de inéditas, o duo retornou com o belo Ash & Ice, lançado em junho – é possível ouvir o disco na íntegra na própria Deezar, clique aqui.

Boa viagem.

 

O retorno do Primal Scream

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O vocalista do Primal Scream, Bobby Gillespie, durante apresentação ocorrida em Glasgow (Foto: Roberto Ricciuti/Redferns.

Sintetizar determinantes estéticas na música é característica do cenário atual, cujo fluxo textual midiático estabelece o ritmo do mundo em redes. Classificações de gênero musical podem interessar (ainda) ao mercado fonográfico, mas a produção artística que emerge hoje é a da diferença – ou seja, a canção já nasce no contexto da diversidade.

A discografia do Primal Scream demonstra isso, do protopunk do primeiro álbum ao experimentalismo do ótimo Screamadelica (1991). Ao observar a última apresentação do grupo (ocorrida em 30 de março), que marcou o início da turnê do disco Chaosmosis, foi possível perceber que essa lógica permanece, e também que Bobby Gillespie segue exibindo o mesmo frescor criativo e performático de outros tempos.

A apresentação ocorreu em Glasgow, incluiu apenas quatro canções do novo trabalho, mas trouxe uma bela compilação dos melhores momentos da banda escocesa. Alguma alma generosa postou no YouTube vídeos gravados nessa apresentação, escolhi “Loaded” para compartilhar neste post. O britânico The Guardian se referiu à apresentação da seguinte forma: “…one of the most high-energy live sets in rock’n’roll”.

Queremos o Primal Scream aqui no Brasil neste ano, simples assim.

 

Azealia Banks disponibiliza mixtape na web

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Confirmada para se apresentar em São Paulo neste ano, a rapper Azealia Banks liberou nesta quinta-feira (24) o download da mixtape Slay-Z, que pode ser baixada gratuitamente aqui. O trabalho reúne oito faixas, incluindo as já conhecidas “The Big Big Beat” e “Used To Being Alone”.

Slay-Z traz alguns aspectos interessantes ao rap-dance elaborado por Azealia Banks em trabalhos como Broke with Expensive Taste e Fantasea, como a presença rítmica do trap. A ótima “Skylar Diggins”, por exemplo, está entre as surpresas da nova mixtape, de paisagem sonora pesada, a faixa promove encontro sonoro da bass music com o hip hop.

Azealia Banks vem a São Paulo no dia 12 de junho, para única apresentação, evento que ocorre no aconchegante Audio Club (para acessar informações sobre o show, clique aqui). Em sua primeira passagem pelo país, Azealia foi uma das atrações do extinto Planeta Terra, em 2012. Eu estava lá e foi bem legal.

Iggy e sua banda em um clubinho de LA

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O álbum Post Pop Depression – adoro esse título –, obra que demonstra o frescor artístico de um Iggy Pop criativo e combativo, mesmo após longa jornada no rock, chega às lojas oficialmente no próximo dia 18 de março. O trabalho é marcado também pela competente banda recrutada por Iggy: Josh Homme (Queens of the Stone Age), Matt Helders (Arctic Monkeys) e Dean Fertita (também do QOTSA).

Segundo o famoso blog Stereogum, no último dia 9, o padrinho do punk e seus correligionários se apresentaram no Teregram Ballroom, em Los Angeles (lugar considerado pequeno para um show desse porte). No set list, além das faixas de Post Pop…, diversos clássicos da trajetória de Iggy foram levados ao show. O vídeo a seguir, por exemplo, mostra o grupo tocando a ótima “Lust For Life”, no calor do inferninho de LA, cuja compactação potencializa a energia roqueira que emana do palco – espaço onde Iggy Pop é invencível na arte performática.

Não custa nada torcer para que essa turnê de Post Pop Depression passe pelo Brasil (Ah, é possível ouvir o álbum na íntegra aqui).

 

 

Tradição e tecnologia de batuques e beats no trio Frevotron

A tensão entre a tradição e o moderno é recorrente na música – e em outros desdobramentos culturais – sobretudo após os processos de desterritorialização que reforçaram (e reforçam!) as misturas. Pois fenômenos constantemente aderem a movimentos que absorvem elementos externos, ultrapassando fronteiras. O uno torna-se múltiplos e o efeito rizoma gera diversas conexões, como observaram Gilles Deleuze e Félix Guattari.

O Frevotron, projeto idealizado pelos magos Spok, Yuri Queiroga e DJ Dolores, recontextualiza o frevo por meio de uma construção sonora que embriaga o ritmo pernambucano a partir de variados encontros musicais. Se, por um lado mestre Spok já vinha retrabalhando o frevo com seu saxofone à frente do Spok Frevo Orquestra, o contato com a guitarra de Yuri Queiroga e os beats e samples do DJ Dolores estabelece um aspecto movediço ao trabalho, que faz definições rítmicas escaparem ao menor sinal de enquadramento.

Entretanto, tradição e tecnologia não desaparecem com a mistura, ou seja, o frevo está lá, bem como a música eletrônica, o rock, a percussão que remete a brasilidades diversas e até o dub. Em “Frevo Escroço”, faixa cantada por Otto, é como se a atmosfera das festas de rua de Pernambuco encontrasse as raves organizadas em galpões underground. Mas talvez o traço mais perceptível de desterritorialização seja a ótima “Diáspora”, que abre em meio a um clima roqueiro para em seguida ser conduzida por beats aos hibridismos de um frevo renascido da mistura. A capa do álbum (imagem que abre este texto), aliás, evoca a indefinição estética do híbrido.

O álbum de estreia do Frevotron ainda conta com as participações de Jorge Du Peixe, Lira, MC Sombra, a cantora francesa Marion Lemonnier e Jam da Silva. Na plataforma Soundcloud é possível ouvir e baixar o disco. E na próxima semana o trio se apresenta no Sesc Pompeia – mais informações na imagem abaixo, sampleada da postagem feita pelo Frevotron no Facebook.

Racionais, com duas canções, no projeto Live Noisey

Um dos shows mais interessantes que assisti neste ano foi a apresentação do grupo Racionais MC’s, no Audio Club, em São Paulo. O evento ocorreu ao final de julho e contou com a abertura da dupla norte-americana de hip hop Das EFX. À época não cheguei a publicar nada por aqui, mas, eis que na última semana o projeto Live Noisey, que pertence à plataforma Vice – canal bem interessante de comunicação e que foge à lógica da indústria tradicional de mídia –, publicou um vídeo com duas canções gravadas justamente durante o show no Audio.

A dobradinha traz “Preto Zica” e “Finado Neguin” (vídeo abaixo), faixas que integram o ótimo Cores e Valores, divulgado pelos Racionais ao final do ano passado e cujo conteúdo sonoro flerta com essa onda viciante do trap, entre outras inovações estéticas. A qualidade da apresentação impressiona, sobretudo as vozes de Edi Rock e Mano Brown, responsáveis pelos vocais das respectivas canções, além das pick ups comandadas por KL Jay e outros dois DJs. Peso sonoro dos bons.

Iggy Pop vem a São Paulo: confira sete momentos marcantes na carreira do artista

As duas últimas passagens do lendário Iggy Pop por São Paulo foram com sua banda, os Stooges. Em 2005, o músico veio com a formação que gravou os icônicos The Stooges (1969) e Funhouse (1970) – exceto o baixista Dave Alexander, morto em 1975 –, já em 2010 o roqueiro trouxe a turma que concebeu o barulhento (e ótimo) Raw Power (1973). Em ambas, Iggy percorria o palco como se fosse aquele moleque que ajudou a criar o punk, em 1968.

Agora, o incendiário músico volta a São Paulo em carreira solo, para tocar no Popload Festival, evento que ocorre nos dias 16 e 17 de outubro (informações aqui), e cujo line up ainda possui nomes como Belle and Sebastian e Emicida. Apenas. Iggy Pop irá trazer na bagagem um repertório que certamente vai percorrer sua extensa trajetória musical, incluindo faixas dos clássicos The Idiot (1977) e Lust for Life (1977), mas também passeando pelos recentes, e ritmicamente mesclados, Préliminaires (2009) e Après (2012). Sem contar, óbvio, a presença de relíquias garimpadas dos tempos do pré-punk Stooges.

A seguir separei sete momentos que resumem bem a riqueza do legado musical de Iggy, sem dúvida um dos grandes nomes do rock. Vê-lo em São Paulo novamente é notícia que merece ser comemorada.

Johnny Marr: o músico que tem algo a dizer

Ao ler a entrevista concedida pelo guitarrista Johnny Marr à Folha, refleti sobre como a atitude de músicos como ele, que se posicionam em relação a questões políticas, é importante. Em poucos segundos é possível citar uma relação de artistas que fazem (ou fizeram) jus ao posto de mediadores (formadores de opinião): Bob Marley, Joe Strummer, Pussy Riot, entre muitos outros. E como disse Marr ao jornal paulistano, se o músico não se posicionar, quem vai? Certeiro.

Em tempos de distopia, com a qual quem ganha é quem sempre ganhou – alô setor financeiro! – é importante que artistas estimulem o engajamento coletivo. Há poucos meses a cantora Pitty deu uma belíssima resposta aos machistas que se divertem fazendo troça nas redes sociais, por exemplo. São pequenas frases, posicionamentos, que dão uma enorme força para que injustiças sejam combatidas, e a arte tem essa missão de questionar o status quo – sobretudo quando setores da imprensa estão engessados nas mãos das corporações.

Por esse motivo, quando Johnny Marr diz que esse é também um dos papéis do músico, além da música em si, obviamente, está provocando outros artistas a fazerem o mesmo. E todos nós (a sociedade de maneira geral) ganhamos com isso. No período eleitoral britânico, o atual primeiro-ministro (o mesmo que está segregando imigrantes) usou músicas dos Smiths durante sua campanha eleitoral. Marr simplesmente pediu a ele que parasse imediatamente de dizer que era fã de seu ex-grupo. Apenas.

Show em Sampa

No próximo domingo Johnny Marr vem outra vez a São Paulo, desta vez para tocar no Festival Cultura Inglesa – que nesta edição (informações aqui) se une à programação da Virada Cultural. Na bagagem, o guitarrista traz seu rico legado com os Smiths e dois ótimos discos solo: The Messenger (2013) e Playland (2014). Marr divulgou nesta semana o clipe da faixa “Candidate” (vídeo abaixo), canção que integra o álbum Playland. A música também fará parte do single que o guitarrista lança no próximo dia 29 de junho. O músico, aliás, anunciou recentemente que já trabalha em seu próximo disco – que inclusive deve chegar às lojas ainda neste ano.

Aos 17 anos, Marr já era guitarrista dos Smiths. Hoje, com 51, parece viver seu melhor momento como músico – fez um show incrível em 2014, no Lollapalooza. É engraçado, mas sempre que leio uma entrevista com Johnny Marr lembro de uma das primeiras vezes que li sobre ele. Não recordo qual era o veículo, apenas de uma das perguntas por ele respondidas, sobre melhores guitarristas ou algo assim. Marr colocou em sua lista James Williamson, que integrou a formação dos Stooges responsável pelo o álbum Raw Power (1973).

Esse é o Sonics, baby!

Quando o grupo norte-americano Sonics tocou os primeiros acordes de “Have Love Will Travel”, um dos grandes hinos do garage rock, durante apresentação da banda em São Paulo, uma garota não se conteve à beira do gargarejo e subiu ao palco. A moça exibia um visual que evocava os anos 60, dançava como as meninas da época e fora contagiada pelo som incendiário dos experientes roqueiros, como se o Audio Club fosse um boteco na cidade de Tacoma, cinco décadas atrás.

Resgatei esse fragmento da minha memória recente, pois o grupo Sonics em breve irá lançar o álbum This Is The Sonics, após quase 50 anos sem um disco de inéditas. O grupo vem preparando terreno para a chegada do novo trabalho com uma série de shows, cuja turnê passou inclusive aqui por São Paulo. Para se ter uma ideia, os caras passaram por Seattle na última semana, e receberam o eterno baixista do Nirvana Krist Novoselic durante a apresentação (clique aqui para ver as fotos).

Destaco a expectativa em torno desse novo álbum porque o Sonics é um dos pilares do que podemos chamar de pré-punk. Na ocasião do show em Sampa, acabei não escrevendo nada a respeito, mas encontrei por lá DJs da cena underground paulistana, bem como integrantes de grupos importantes como Autoramas e Ratos de Porão – entre muitos outros. Não à toa, é possível dizer que Iggy and The Stooges, Ramones e Cramps seguiram os ensinamentos barulhentos desse monumento do rock. Vida longa ao Sonics – e que This Is The Sonics chegue logo ao mercado (haha!).

Abaixo, um trechinho do show do Sonics em São Paulo, no último dia 5 de março.

Poético e psicodélico, Cidadão Instigado lança “Fortaleza”

Cidadão Instigado (crédito: Haroldo Saboia).

O pertencimento é um sentimento que está diretamente ligado à comunidade, à cultura local, ao regional. Se há dezenove anos o grupo Cidadão Instigado fez seus primeiros ensaios em uma garagem no bairro Varjota, em Fortaleza, agora a banda retorna ao local de origem para celebrar suas raízes, com direito a menção literalmente estampada no último disco dos cearenses, intitulado: Fortaleza – lançado nesta semana e disponibilizado para download na web.

E a poética regional se mescla ao cosmopolitismo de uma cidade que cresceu muito nos últimos anos, dialogando com a guitarra que encontra a força dos versos na faixa-título “Fortaleza”. Já em “Dizem Que Sou Louco Por Você”, os riffs do sempre criativo Fernando Catatau (guitarra e voz) evocam um clima psicodélico, presente também em “Land of Light”, como se a música que foi trilha sonora das agitações ocorridas ao final da década de sessenta fosse reinterpretada na cidade do escritor José de Alencar.

A ótima “Green Card” parece ter um pé no Talking Heads de David Byrne, cuja letra alterna trechos cantados em português e inglês. Uma das marcas do álbum, a guitarra pesada, volta à tona em “Quando a Máscara Cai”, e é base para a letra que faz referência a uma busca por um tal “Zé Doidim”, que pode esconder uma misteriosa personalidade dupla – e a guitarra, vale ressaltar, está muito Black Sabbath.

O grupo que ainda conta com Regis Damasceno (guitarra e voz), Clayton Martin (bateria), Rian Batista (baixo e voz) e Dustan Gallas (teclado) se apresenta nos próximos dias 9 e 10 de abril no Sesc Pompeia, em São Paulo. Turnê que irá divulgar o belo Fortaleza, álbum que desde já parece merecer figurar entre os melhores discos lançados no cenário nacional neste ano. Eu já arrisco.

Até que Enfim
Dizem que Sou Louco por Você
Os Viajantes
Perto de Mim
Besouros e Borboletas
Ficção Científica
Fortaleza
Land of Light
Green Card
Quando a Máscara Cai
Dudu vivi dada
Lá Lá, Lá Lá Lá Lá

Resumo musical

Johnny evoca Depeche Mode

Anos 80 em estado puro. O competente Johnny Marr divulgou nesta semana o lançamento de um single durante o já tradicional Record Store Day (data na qual lojas especializadas em discos oferecem promoções especiais). No lado A, Marr evoca o Depeche Mode com uma ótimo versão para a também ótima “I Feel You” (vídeo abaixo). Já o lado B, outra lindeza oriunda dos anos 80: “Please Please Please Let Me Get What I Want” – de seu ex-grupo Smiths. Muito classe!

Mais uma faixa do novo álbum Best Coast. Apenas

O Best Coast prepara o lançamento de seu próximo álbum, California Nights, previsto para chegar às lojas em 4 de maio. Após divulgar a faixa-título do novo trabalho, o grupo liderado pela vocalista Bethany Cosentino mostrou ao público nesta semana a bela “Heaven Sent”, que diferente da canção que dá nome ao disco, soa ensolarada como a Califórnia do Best Coast.

MIA entre tweets e canções

A produção musical híbrida da cantora MIA não é novidade. Tão movente quanto a sonoridade da artista, é a maneira com a qual ela trabalha, sempre inquieta, divulgado suas empreitadas e defendendo posicionamentos políticos nas redes sociais. Na última semana, após divulgar a faixa “All My People”, ela afirmou que mais novidades surgiriam, e não demorou para a cantora postar, na plataforma SoundCloud, a canção “Can See Can Do” – que musicalmente tem um pezinho no nosso funk. Junto com a faixa, ela escreveu o seguinte (em caixa alta mesmo): “DEMOCRACY CONVERSATIONS ! TAMILS ARE STILL WAITING ! AND NO MY BEATS ARE NOT BETTER WITHOUT MY POLITICX”. Ela é demais.

Documentário sobre o Damned estreia no SXSW

Dirigido e produzido por ninguém menos que Lemmy Kilmister (Motörhead), o documentário The Damned: Don’t You Wish That We Were Dead estreia na edição deste ano do festival SXSW – que começa neste final de semana. Trata-se de um belo recorte sobre a trajetória de um dos grupos mais importantes do punk rock britânico: o Damned. Entre os personagens que narram essa história, além obviamente dos integrantes da banda, há depoimentos de nomes como Chrissie Hynde (Pretenders), Mick Jones (The Clash), Steve Diggle (Buzzcocks), Lemmy Kilmister (Motorhead) e Dexter Holland (The Offspring), entre outros. O documentário ainda não tem data de estreia aqui no Brasil.

Savages toca faixa inédita durante show em Nova Iorque

O Savages passou por Nova Iorque em janeiro, mas somente agora, por meio das redes sociais, a gente ficou sabendo que o grupo britânico tocou a inédita “Adore” por lá. Segundo a incrível vocalista Jehnny Beth, trata-se de uma canção sobre “vida e morte”. Repare que o show ocorreu em um lugar pequeno, chamado Mercury Lounge, que facilmente remete aos clubes punk do final dos anos 70.

Resumo musical

Peter Doherty divulga vídeo em homenagem à Amy Winehouse

Parceiro da cantora Amy Winehouse, o vocalista do Libertines, Peter Doherty, divulgou nesta semana o vídeo da faixa “Flags of the Old Regime”, composta pelo músico em homenagem à amiga. A grana arrecadada com a venda da canção será repassada à fundação que leva o nome de Amy, e que ajuda jovens viciados em drogas. Já Doherty deve concretizar seu retorno ao mercado fonográfico com o aguardado retorno do Libertines – a banda lançará disco novo neste ano.

Blur divulga canção, e anuncia novo álbum

Londres chamando. Após convocar a imprensa britânica, a banda Blur anunciou que lançará o álbum The Magic Whip (após 12 anos sem lançar um disco de inéditas) em 27 de abril. De quebra, mantendo o espírito londrino, o grupo liderado pelo genial Damon Albarn fará um super show no Hyde Park no dia 20 de junho. O primeiro single do novo trabalho, a bela “Go Out”, já tem até videoclipe. Confira a seguir.

Pussy Riot sendo punk e convocando o retorno do Richard Hell. Sério!

O coletivo punk Pussy Riot, que vem sacudindo as estruturas conservadoras da Rússia, resolveu das suporte aos protestos ocorridos recentemente nos Estados Unidos, por conta do comerciante negro morto por asfixia durante uma abordagem policial. Não à toa, o nome da canção é “I Can’t Breathe” (uma das últimas frases dita pela vítima da truculência policial), as imagens do vídeo que ilustra a música são fortes e as participações são mais que especiais. A gravação ocorreu em Nova Iorque e entre os colaboradores estão Nick Zinner (Yeah Yeah Yeahs) e Richard Hell – sim, ele mesmo, um dos pilares do punk, e que estava aposentado desde os anos 80. Em entrevista ao site da Pitchfork, Hell disse que “é um privilégio contribuir com esta pequena soma para o que estão fazendo, dedicando suas vidas para obter justiça para as pessoas que são oprimidas, que estão sofrendo”. Essa “pequena soma”, à qual Hell se refere com certo eufemismo, é, na verdade, um grande acontecimento.

E o Chvrches tocando Justin Timberlake?

O Chvrches visitou o programa Live Lounges, da BBC Radio One, famoso por pedir aos músicos convidados a execução de covers inusitadas. Como não poderia ser diferente, o Chvrches decidiu evocar o cantor pop Justin Timberlake, com uma bela versão para “Cry Me a River”. O grupo escocês segue trabalhando em seu próximo álbum, que deve ser anunciado para o segundo semestre deste ano.

Alabama Shakes vai tocar no Saturday Night. E tem single novo!

No próximo dia 28 de fevereiro, o Alabama Shakes visita o programa Saturday Night, no qual vai divulgar faixas que irão integrar seu próximo trabalho, o disco Sound & Color. Na última semana, a banda divulgou o primeiro single do novo álbum, a ótima “Don’t Wanna Fight”, que musicalmente segue a boa sonoridade Boys & Girls, disco que lançou o Alabama Shakes. Sound & Color chega às lojas em 21 de abril.