Na cola do Lollapalooza

O Pearl Jam, do vocalista Eddie Vedder, fechou o Lollapalooza 2013 (Foto Divulgação).
O Pearl Jam, do vocalista Eddie Vedder, fechou o Lollapalooza 2013 (Foto Divulgação).

O Cultura no Prato se aventurou na lama do tradicional Jockey Club, em São Paulo, para contar o que de melhor ocorreu no Lollapalooza 2013. Em meio a rostinhos bonitos e felizes, com suas camisetas de grupos legais (e nem tão legais assim), diversas bandas tocaram ao longo dos três dias de evento.

No primeiro dia só deu Killers. A banda liderada pelo vocalista Brandon Flowers, filho do Bono Boxx (hehe), soube tirar proveito do dia no qual algumas apresentações não agradaram muito, como o show ‘estranho’, para alguns, do Flaming Lips, que exagerou na dose ‘viagem experimental’. Sendo assim, o Killers literalmente jogou para a torcida, desfilando hits antigos e novos como “Somebody Told Me”, “Mr. Brightside”, “Runaways” e “Miss Atomic Bomb”.

O segundo dia chegou e com ele atrações de peso como Black Keys, Queens of the Stone Age, Franz Ferdinand, Alabama Shakes e Gary Clark Jr. Como os horários de Franz e Alabama coincidiram, fui obrigado a escolher e, considerando o fato de já ter visto o competente grupo escocês duas vezes, optei pelo estreante Alabama Shakes, da diva Brittany Howard.

O Alabama focou o repertório do show em seu primeiro disco, Boys & Girls, e mandou sucessos como “Hold On”, “You Ain’t Alone” e “I Ain’t the Same”. O ponto alto fica por conta da belíssima voz da vocalista Brittany Howard. Ao fim da apresentação, ouvi comentários do pessoal que voltava do Franz como: “foi o melhor (show) até agora”. É possível ter ideia de como foi a performance por lá, não é mesmo?

Antes do Alabama, vale destacar também o incrível Gary Clark Jr., que faz um rock-blues ao estilo Jimi Hendrix, com pitadas pop. “Bright Lights” tem um poder surreal ao vivo, canção que é forte candidata a ”momento mágico do evento”.

Hora do Queens of the Stone Age, uma das bandas mais aguardadas do Lolla 2013. Com baterista novo, o QOTSA trouxe o mago Josh Homme novamente ao Brasil e um repertório competente na bagagem. Foi insano: “No one knows”, “Burn the witch” e “Little Sister”, entre outras canções, fizeram o publico pular sobre a lama que cobria boa parte do chão do Jockey. Ainda sobrou tempo para a inédita “My God Is the Sun”, que também agradou.

O final do segundo dia de festival tinha o duo Black Keys como principal atração. O setlist girou em torno dos discos Brothers (2010) e El Camino (2011), mas surpresas como “Thickfreakness”, faixa-título do segundo álbum da dupla, também apareceram no repertório. Cabe dizer também que houve certa injustiça com o Black Keys, principalmente, em relação a comentários feitos nas redes sociais.

O ótimo momento da dupla no cenário internacional fez com que eles fossem escalados para fechar o sábado, tocando depois do Queens – banda que algumas pessoas defendiam como headliner do dia. Para analisar um artista, antes de tudo, é preciso conhecê-lo. Vale a pena refletir. Defesa feita, confesso que o lado direito do palco apresentou falhas, deixando a guitarra baixa, mas nem esse fator tirou o brilho da apresentação. Que foi linda, sim.

O terceiro o último dia chegou com a seguinte missão: ver as bandas Hives e Pearl Jam. O grupo sueco fez um show poderoso, até pessoas que estavam em frente ao palco principal, na espera pelo Pearl Jam, rasgaram elogios ao Hives. Também pudera, com o vocalista Howlin’ Pelle Almqvist endiabrado, como uma espécie de filho do Mick Jagger, o Hives mostrou todo o seu punk-garage-rock numa apresentação devastadora, com direito a palmas, autógrafo para fá enlouquecido, momento estátua (famoso nas apresentações do grupo) e hits como “Hate to Say I Told You So”, “Main Offender”, “Tick Tick Boom” e “Go Right Ahead”. Show perfeito.

A magia do Lollapalooza, com todos os eventuais defeitos de qualquer evento grande, chegou ao fim com o gigante Pearl Jam, do carismático Eddie Vedder. O grupo norte-americano fez um show “greatest hits”, como não poderia ser diferente para uma banda consagrada.  Lá estavam os clássicos “Alive”, “Jeremy” e “Do the Evolution”, para alegria geral, que foi ainda maior por conta dos ótimos covers de The Who, “Baba O’Riley”, e Ramones, “I Believe In Miracles”. Menção honrosa também aos brasileiros Criolo e Planet Hemp, cujos shows não deixaram nada a desejar aos gringos. Que venha o Lollapalooza 2014!

A seguir, alguns vídeos com os principais destaques:

 

 

 

 

 

 

Planeta Terra 2012: meninas arrasam e Brett Anderson mostra ‘escola Morrissey’

 

Foi uma tarde cinzenta, com muita chuva, que marcou a edição 2012 do festival alternativo Planeta Terra. Mais indie que isso, impossível. Antes de sair de casa rumo ao Jockey Club, local que recebeu e evento, fiz questão de anotar um cronograma de ‘shows obrigatórios’, lista que incluía Best Coast, Suede, Azealia Banks e Garbage – nessa ordem.

Com a chuva controlada, o final de tarde ouviu os primeiros acordes do show do grupo californiano Best Coast (vídeo acima). Com Bethany Cosentino toda de preto, figurino que destacava sua guitarra modelo Fender Telecaster creme, a banda emendou hits de seus dois álbuns Crazy for You (2010) e The Only Place (2012). Talvez pela magia de melodias ensolaradas como “Crazy for You”, “Summer Mood” e “The Only Place”, ou mera coincidência, o sol deu o ar da graça durante um trecho da apresentação. A aparição foi tão marcante que até a Bethany emendou: “Trouxemos o sol” – sem dúvida, um dos melhores momentos do festival. Vale destacar ainda a força do set-list, que contou com faixas “Do You Love Me Like You Use”, “I Want To”, “When I’m With You” e a canção-baladinha-fofa “Boyfriend”.

O Suede subiu ao palco com a responsa de agradar os fãs, que há muitos anos esperavam uma visita da banda ao Brasil. E o grupo de Brett Anderson não desapontou, fez bonito, jogou pra torcida, com um set-list jeitão ‘greatest hits’. Enquanto canções como “She”, “Trash”, “Animal Nitrate” e “We Are the Pigs” faziam a galera soltar a voz, dois caras ao meu lado, que não conheciam a banda, perguntaram: “esse cara lembra demais o Morrissey, dos Smiths, não é mesmo?”. Achei o comentário engraçado e respondi: “Ele (Brett Anderson) integra uma banda inglesa dos anos 90 e, assim como os demais grupos de sua época, passaram pela escola Morrissey”.

Olhei para o relógio e percebi que era necessário correr para ver a pimentinha Azealia Banks. Precisei sacrificar “New Generation” e “Beautiful Ones”, que fecharam o show do Suede, sorry Brett. Dei sorte, cheguei poucos minutos antes do DJ da rapper iniciar a apresentação. Quando a moça entrou, de topzinho brilhante e cabelão solto, mandou ver a sequência matadora de “Out of Space”, “Neptune?”, “Atlantis” e “Fuck Up the Fun”, todas da mixtape lançada por Azealia neste ano. Com uma energia contagiante, que impressionou até o público que não conhecia a cantora, a rapper fez jus ao rótulo de um dos nomes mais cool (segundo a NME) desse tal ‘novo rap’. A nota triste ficou por conta do show curto, mas eletrizante, de apenas meia hora. A frase “é a minha primeira vez na América do Sul, façam barulho por isso”, dita por Azealia, vai ficar na lembrança, assim como as diversas vezes em que a cantora disse “fuck” e “bitch”, hehe. Azealia ainda tocou “Luxury”, “Liquorice”, “Esta Noche” e “212”, fazendo a galera agitar do início ao fim. Baita show.

Restava apenas o Garbage para que a minha missão fosse cumprida. A primeira vez de Shirley Manson e cia no Brasil, outro momento ‘revival anos 90’ do Planeta Terra. E, para a minha alegria, outro grande show. No entanto, diferente do Suede, o Garbage procurou mesclar canções do novo disco Not Your Kink of Poeple e clássicos que marcaram a carreira do grupo. A figura imponente de Shirley Manson é um show à parte, a musa manteve o público em suas mães enquanto cantava “Automatic Systematic Habit”, “Paranoid” e “Why do You Love Me?”.

O baterista Butch Vig, também conhecido por ter produzido o álbum Nevermind, de um tal Nirvana, destacou a importância da vinda do grupo ao Brasil, enquanto Shirley Manson fez questão de reforçar: “um grande obrigado a todos que nos esperaram por tanto tempo. Desculpe por terem feito vocês esperarem tantos anos. Agora estamos aqui em São Paulo, no Brasil”, disse. Ainda houve tempo para o Garbage tocar “Queer”, “Stupid Girl”, “Cherry Lips dn 1/2 Step” e “Blood for Poppies”. A derradeira canção gerou expectativa, era possível ouvir cochichos como: “será que vai chover, será que vai chover?”. Não choveu, mas Shirley entoou os versos de “Only Happy”, música que melhor traduz o clima cinzento e vibrante que marcou esta edição do festival favorito dos indies: “I’m only happy when it rains…”. Ah, o evento ainda contou com os shows dos grupos Gossip e Kings of Leon que, segundo a opinião da galera e da crítica, também mandaram bem! Nos vemos na edição 2013.

 

Ressaca das boas: segunda-feira com cara de Lollapalooza

 

O pessoal que é louco por música (de qualidade), assim como nós do Cultura no Prato, ficou atento à programação do festival Lollapalooza Brasil, divulgada nesta segunda-feira (1). Com direito a coletiva chique e ‘teaser show’ (vídeo acima), o line-up apresentado pela organização do evento confirmou a tendência que já era esperada: a presença de boa parte das atrações que estarão presentes no Lolla Chile.

Logo de cara já destaco a presença do incrível duo Black Keys – disparada a melhor atração do evento, alguém discorda? –, somada ao sempre competente Pearl Jam e ao ‘bola da vez’ The Killers. Estes fecham o time de headliners. Entre as surpresas, os suecos do Hives, o Queens Of The Stone Age, o Franz Ferdinand e o alternativo Flaming Lips, sem contar as atrações nacionais Criolo e Planet Hemp, reforçam o time do festival.

Dito isso, agora vem o lado negativo. As ausências do gênio Jack White e do grupo veterano The Cure, que foram bastante sondados nos últimos meses como possíveis atrações do Lolla Brasil, formam a parte triste da história. A pré-venda dos ingressos começa na amanha (2), para o pessoal cadastrado no site do festival. O Lolla Pass, que dá direito aos três dias de evento (29, 30 e 31 de março/2013), será vendido por R$ 900 e R$ 450 (meia), um bom motivo para quebrar o porquinho.  

Line-up do Lollapalooza 2013

Resumo musical da semana

O bar underground dos Black Keys

Ainda colhendo os frutos do ótimo El Camino, a dupla Black Keys divulgou nesta semana o vídeo da canção “Little Black Submarine”. Gravado no clube Springwater Supper, em Nashville, o clipe mostra os caras em um local pequeno, cujo clima é de ‘inferninho underground’. Uma das possíveis atrações do próximo Lollapalooza Brasil, o Black Keys vai do começo quase acústico a uma potente explosão sonora em “Little Black Submarine” – com destaque para a bateria, que detona. Não sei se já disse isso por aqui, mas acho que o batera Patrick Carney lembra demais o Scott Ashenton, dos Stooges. Diz aí?

 

Taylor Swift fica cool na versão Vaccines

Os Vaccines estão em lua de mel com os fãs. Além de lançarem nesta semana o aguardado Come Of Age, o grupo se apresentou no último dia 3 no Live Lounge, de Fearne Cotton, tradicional programa de música pop da BBC. Os grupos que passam por lá costumam tocar uma canção própria e um cover. Quem esperava que o grupo britânico tocasse algo cult-moderninho ficou surpreso. Na hora da releitura, os Vaccines mandaram “We Are Never Ever Getting Back Together” da cantor pop-country Taylor Swift. Acredite, ficou bem interessante.

 

Robert Johnson lives!

Que a história de Robert Johnson é macabra todo mundo já sabe – reza a lenda que a lenda do blues fez um pacto com o diabo em troca de habilidade musical e sucesso. Ponto. No entanto, nas últimas semanas um vídeo elaborado pela Robert Johnson Blues Foundation, entidade idealizada por familiares do músico, pipocou nas redes sociais. O vídeo (meio sinistro) é uma animação criada em 2008, meio no ‘esquema holograma’, baseada em uma das poucas imagens conhecidas do músico – Robert possui apenas duas fotos oficiais. A divulgação maciça ocorreu por conta do aniversário da morte de Robert Johnson, em 16 de agosto. Em tempos de holograma, dá até para imaginar o bluesman dividindo o mesmo palco com o Eric Clapton, por exemplo (hehe).

 

O incrível retorno do Run DMC

Um dos precursores do rap, o Run DMC voltou aos palcos no último dia 3 de setembro. O grupo havia pendurado as chuteiras desde a morte de Jam-Master Jay, em 2002. O show antológico ocorreu no festival Made In America, evento que também contou com Jay-Z, Hives, Odd Future e Pearl Jam, entre outros nomes. Maaas, o assunto aqui é a volta, após dez anos longe dos palcos, deste verdadeiro ícone do hip-hop – capaz de influenciar gente como os Beastie Boys, vai vendo. O legal é que as apresentações não param por aí, o Run DMCgarantiu presença no Fun Fun Fest 2012, em novembro. Yeah. 

 

A garota hot do novo rap: Azealia Banks

Azealia Banks, a garota mais cool do novo rap, lançou nesta semana o vídeo da canção “1991”, que integra e dá nome ao seu recém-lançado EP. No vídeo, a moça é flagrada em imagens sensuais, na canção cuja sonoridade é um ‘mix’ muito interessante de dance music e rap. Azealia Banks é uma das atrações do aguardado festival Planeta Terra, que ocorre em outubro, no Jockey Club, em Sampa.

Resumo musical da semana

Karen O na trilha sonora do próximo filme de Tim Burton

O incrível grupo Yeah Yeah Yeahs anda sumido. Mas, nem por isso a vocalista Karen O deixou de trabalhar. Após estar envolvida em projetos paralelos, Karen gravou a canção “Strange Love”, que irá integrar a trilha sonora do próximo filme do sombrio e genial Tim Burton, chamado Frankenweenie. A faixa possui uma atmosfera alegre, quase tropical e, claro, conta com a belíssima voz de Karen. O filme e a trilha sonora serão lançados em 25 de setembro. No site da NME é possível conferir todas as faixas que irão compor o álbum. A seguir você ouve um trecho da canção. Quer uma dica? Clique aqui e ouça na íntegra.    

 

Planeta Terra fecha line-up e resgata o ícone Suede

Como se não bastasse trazer o Garbage pela primeira vez ao Brasil, a organização do festival indie Planeta Terra, que neste ano vai ocorrer no Jockey Club, divulgou o line-up definitivo do evento. O principal destaque? O grupo inglês Suede. Além disso, foram anunciados Kasabian,, The Drums, Little Boots e as brasileiras Mallu Magalhães, Banda Uó e Madrid. Conhecido por ser o ‘lado alternativo’ do britpop, enquanto Oasis e Bluir disputavam o primeiro lugar das paradas de sucesso, o Suede lançou ótimos discos, como Suede (1993) e Dog Man Star (1994), e exibia influências de David Bowie e T-Rex. Guarde esse nome.

 

O primeiro vídeo da trilogia do Green Day

A aguardada trilogia que irá celebrar os 25 de carreira do Green Day, ¡Uno!, Dos! e ¡Tré!, teve o vídeo do primeiro single, “Oh Love”, divulgado nesta semana. A canção traz melodias fortes, presentes em outros trabalhos do grupo. O disco ¡Uno! chega às lojas em 25 de setembro e os outros dois discos estão previstos para 13 de novembro e 15 de janeiro.

 

Enquanto isso, o Zeca zoa o funk

A turnê bem-sucedida do álbum O Disco do Ano, lançado por Zeca Baleiro neste ano, agora tem uma surpresa: o músico gravou uma faixa nova, chamada “Funk da Lama”, que irá encerrar os shows de sua atual turnê. Na letra, Zeca segue o clima descontraído do disco e zoa o funk, artistas pop-enjoativos e políticos caricatos. Rá!

 

 Lana, Lana…

Ela continua cruel, muito cruel. No bom sentido, claro. A musa pop-indie (se é que é possível ter esse rótulo) Lana Del Rey deu o que falar nesta semana, após o ‘vazamento’ da inédita “Big Bad Wolf”, no Youtube. A faixa, que talvez integre a edição especial do elogiado e odiado Born To Die (disco de estreia da moça), traz uma letra BEM provocante. Ao som de um pop básico, Lana canta “Big bad wolf come on and eat me up…”, uau!

 

A reestreia de Magical Mystery Tour

O filme estrelado pelos Beatles, “Magical Mystery Tour” (vídeo abaixo), lançado junto com o clássico Sgt. Pepper’s Lonely Hearts Club Band (1967) será relançado em 27 de setembro. A edição comemorativa terá exibições no cinema e chega às lojas em uma edição deluxe. O Box terá DVD e Blu-ray do filme, um livreto de 60 páginas e sete EPs em vinil, que irão conter seis músicas novas, originalmente lançadas no Reino Unido para acompanhar o filme de 1967. Simplesmente incrível, fala sério.

O Lolla 2013 vem aí… Desta vez com um dia a mais!

 

Em breve o Brasil (ou seria ‘o país dos festivais’?) irá conhecer o line-up da aguardada edição 2013 do evento gringo Lollapalooza. Segundo a organização, o festival vai ocorrer durante os dias 29, 30 e 31 de março, sendo assim, teremos um dia a mais de shows. Yeah!

O local que vai abrigar o Lolla 2013 será novamente o simpático Jockey Club – que também receberá o Planeta Terra, em outubro deste ano. Sobre as atrações? As expectativas não poderiam ser melhores. Anota aí. De acordo com o blog Popload, o evento – que terá 70 atrações – pode confirmar o incrível The Cure, já que a banda afirmou que vem ao Brasil no início do ano que vem. Outro que está praticamente fechado é o Franz Ferdinand.

Analisando o line-up do Lolla Chicago, que terá Black Keys, Tame Impala, Red Hot Chili Peppers, Frank Ocean, Franz Ferdinand e Jack White, já é possível arriscar que alguns destes nomes devem integrar a ‘versão brazuca’ do evento. Bacana, vai.  

Nos próximos dias, informações sobre venda de ingressos, preços e atrações devem agitar a mídia. Vamos aguardar. 

Resumo musical da semana

Martinho da Vila e seus 45 anos de samba

Os 45 anos de carreira de um dos maiores nomes do ‘ziriguidum’, Martinho da Vila, serão comemorados com um lançamento bem interessante.  Seu primeiro álbum, Martinho da Vila (1969), ganhará uma bela reedição, que irá contar com novos arranjos e ‘faixas bônus’. Abaixo, uma das canções que marcaram a trajetória desse grande mestre do samba.  

 

Jack White vem aí!

O gênio Jack White lança, na próxima segunda-feira (16), o vídeo da canção “Freedom At 21” e para aquecer a estreia um teaser do clip já pode ser conferido. Vai vendo. O legal disso tudo é que o roteiro do vídeo lembra demais os filmes do diretor Quentin Tarantino (eu achei!). Quem assina a direção é Hype Williams, se liga só nas imagens.

 

Canção inédita dos Killers

Os Killers estão de volta. Ótima notícia. O grupo prepara um disco de inéditas, que vai se chamar Battle Born, e nesta semana divulgou o primeiro single, que irá integrar o novo trabalho, a canção “Runaways”. O próximo álbum dos Killers será lançado no dia 17 de setembro.  

 

Planeta Terra mostra os dentes e fecha com Garbage e Best Coast! Cool…  

O festival Planeta Terra, que neste ano vai ocorrer no Jockey Club, em Sampa, divulgou duas novas atrações: as bandas Garbage e Best Coast. Ambas desembarcam no Brasil pela primeira vez. O Garbage vem divulgar seu último disco, Not Your Kind of People (2012) e o Best Coast, após o elogiado Crazy for You (2010) vai mostrar ao público a turnê do recém-lançado The Only Place (2012). Outra coincidência é que os dois grupo são liderados por beldades (Shirley Manson e Bethany Cosentino). Os marmanjos estão com sorte, hehe.  

 

A ‘mixtape monstro’ da Azealia Banks 

A rapper Azealia Banks, atração confirmada no festival Planeta Terra, disponibilizou nesta semana uma mixtape com 19 faixas para download. Agora, você (é, você!) pode baixar e estreitar sua relação com o som da moça, que é dos bons. Pode acreditar. Clique aqui e confira, afinal de contas, trata-se de uma das artistas mais celebradas do rap atual (ou ‘novo rap’, como você preferir).

Resumo musical da semana

Joe, essa é pra você!

Que o Eddie Vedder é um cara gente fina a gente já sabe. Mas nesta semana ele foi brilhante durante a apresentação do Pearl Jam no festival Isle Of Wight, na Inglaterra. Em determinado momento, antes do grupo tocar uma bela versão para “Arms Aloft”, do grande Joe Strummer, o vocalista mandou essa: “Estava pensando nisso quando estávamos no caminho para cá. É triste, mas já são quase dez anos sem ele”. Emocionante. A morte do ex-Clash completará uma década em dezembro e no mês de agosto, o evento “Strummer of Love” irá homenagear Joe. Nesta semana, outra grande atração do festival foi confirmada, a Justice Band, do correligionário dos tempos de Clash, Mick Jones.

 

Toca Raul!

O mito-maluco-beleza Raul Seixas completaria 67 anos na última quinta-feira 28 de junho – achei que ele tivesse nascido há dez mil anos, mas tudo bem. Responsável por absorver referências que vão de Elvis Presley a Luiz Gonzaga, o eterno Raulzito é e sempre será o roqueiro nacional mais lembrado nas festas. Hey DJ, toca Raul, vai!

 

Sete décadas de Gil

O ex-ministro, cânone tropicalista e (em determinados momentos) reggae man, Gilberto Gil, completou 70 anos na última terça-feira, 26 de junho. Artista influente e respeitado, o músico brasileiro deve celebrar seu aniversário dando um presente aos fãs. Segundo a revista Rolling Stone Brasil, Gil prepara um acústico, que será acompanhado por músicos de uma orquestra.  

 

O line-up do Planeta Terra. Vem mais por aí…

As especulações sobre possíveis atrações do festival Planeta Terra estavam certas. A organização do evento divulgou nesta semana Kings of Leon, Gossip, Maccabees e rapper-belezinha Azealia Banks (vídeo abaixo). A edição deste ano acontece no Jockey Club, em Sampa, no dia 20 de outubro. Mais bandas devem ser anunciadas nos próximos dias, dentre elas o Garbage, que deixou vazar no Twitter que virá ao Brasil em breve. Sobre os ingressos, clique aqui e confira as datas e pontos de venda.

 

Lana, o furacão  indie-pop

A Lana Del Rey já pode ser considerada um fenômeno pop. Além da boa estreia no cenário musical internacional, com o álbum Born To Die, a moça tem marcado presença nos principais festivais de música. E quer saber? Ela ainda consegue algo raro: passear entre o indie e o pop. Sério. Nesta semana foi a vez do lançamento do vídeo absurdo da canção “National Anthem”, novo single da moça. A narrativa mostra o rapper A$AP Rocky interpretando John F. Kennedy (o presidente norte-americano que foi assassinado) e Lana no papel de Jackie Kennedy.

Resumo musical da semana

A gata está de volta!

Há seis anos Cat Power não lançava um disco de inéditas. Pois bem, o jejum está com data marcada para acabar. O álbum Sun, previsto para 4 de setembro, marcará o retorno da gata. O primeiro single do disco é “Ruin” (vídeo abaixo) e traz a moça com o visual bem diferente, desta vez com o cabelo curtinho. Sempre que escrevo sobre a Cat Power lembro do show inesquecível que ela fez na Virada Cultural 2010, em Jundiaí. Ops, já estava quase esquecendo de dizer, achei “Ruin” bem interessante…

 

Planeta Terra chamando

O tradicional festival Planeta Terra divulgou hoje a data e o local onde irá ocorrer a edição deste ano do evento. O lugar escolhido é o charmoso Jockey Club, em Sampa, e a festa será no dia 20 de outubro. As atrações e informações sobre a venda de ingressos devem ser anunciados nos próximos dias. No entanto, segundo o jornalista e blogueiro Lúcio Ribeiro, as bandas Gossip, Garbage (vídeo abaixo) e Hives são possíveis atrações. Eu gostei e você?

 

Homenagem a Joe Strummer

A merecida homenagem que o festival “Strummer Of Love” irá prestar ao grande Joe Strummer, ex-líder do incrível The Clash, que completaria 60 anos em 21 de agosto, está chegando. O evento ocorre entre os dias 17 e 19 de agosto e o blog Cultura no Prato também irá homenagear este grande músico no mês das comemorações. Nesta semana, um dos idealizadores da festa, o músico Frank Turner, deu algumas declarações sobre a importância de Joe e, claro, do Clash. Uma delas foi esta: “O Clash para mim é a banda de punk arquetípica, eles lançaram o projeto para praticamente tudo o que se seguiu. Eu nunca conheci Joe, mas ele é algo raro, uma figura icônica…”. Demais!

 

Agito no Cine Joia

Uma das casas de show mais legais de São Paulo (hoje), o Cine Joia vai receber atrações interessantes nos próximos dias. Anota aí. Hoje, às 21h, a competente e nova musa do rap nacional Lurdez da Luz sobe ao palco da casa, cuja apresentação irá divulgar o vídeo da canção “Levante”. A apresentação terá participação especial de Karol ConKá (nome legal, né?). A abertura fica por conta da rapper espanhola Indee Styla, cola lá. Já na terça-feira (26), às 21h, é a vez da banda norte-americana Of Montreal apresentar seu pop-psicodélico. O show de abertura será do cantor, compositor e produtor brazuca Kassin.

 

O novo EP dos Vaccines

O grupo inglês Vaccines acaba de disponibilizar para download o EP Live In Brighton, composto por três canções, no site oficial do grupo. O material traz as faixas “Tiger Blood”, “Why Should I Love You” (cover de Stevie Moore) e “Wreckin’ Bar (Ra Ra Ra)”, gravadas durante um show na Inglaterra no início deste ano. A banda prepara um novo disco, intitulado The Vaccines Come Of Age, que chega às lojas no dia 3 de setembro.

Resumo musical da semana

A Madonna está descontrolada

Sim, ela está descontrolada. Como se não bastasse a troca de farpas com Lady Gaga, a rainha do pop andou aprontando nos últimos dias em sua atual turnê, MDNA. A primeira polêmica ocorreu em Istambul, na Turquia, quando Madonna mostrou o seio direito, levando o público ao delírio, claro. Em seguida foi a vez de Roma. Durante a apresentação na Itália, a musa mostrou que está em forma ao exibir o bumbum (e o fio dental), não precisa nem dizer qual foi a ração do público, não é mesmo? Confira as imagens no vídeo abaixo. Vale lembrar também que ela fará shows no Brasil neste ano, será que teremos alguma surpresa desse tipo por aqui? Eu não duvido…

 

O Sabbath está de volta

O grupo britânico Black Sabbath voltou a se apresentar em grandes festivais nas últimas semanas. Além disso, a banda liderada por Ozzy Osbourne e Tony Iommi anunciou também um disco de inéditas. A notícia também confirma que o estado de saúde de Iommi é bom, já que o guitarrista afirmou recentemente sofrer de câncer. A revista britânica NME gravou uma entrevista interessante com a banda, sobre a volta aos palcos, clique aqui e veja.

 

Planeta Terra chamando

De acordo com um texto publicado hoje no blog Popload, editado pelo jornalista Lúcio Ribeiro, o festival Planeta Terra deve anunciar, de uma só vez, local, data e primeiras atrações do evento. O texto ainda diz que as bandas Gossip e Gotye estão quase fechadas, outro que negocia é o grupo Kings Of Leon. O festival deve ser confirmado no charmoso Jockey Club, no mês de outubro, já que o Playcenter, local que recebeu as ótimas edições anteriores do festival, encerra suas atividades no segundo semestre deste ano.

 

E o Best Coast continua lindo…

Sou suspeito para falar sobre a incrível banda californiana Best Coast. Fato. Mas é impossível não elogiar o novo vídeo do grupo, liderado por Bethany Consentino e Bobb Bruno. As imagens do clipe da canção “The Only Place”, do homônimo segundo álbum da banda, traduzem o amor que o Best Coast tem pela Califórnia e também a sonoridade de suas canções. Por falar em canções, semana que vem teremos resenha do novo disco deles por aqui. Aguardem!!

 

A era dos hologramas

O incrível holograma do rapper Tupac Shakur, que fascinou o público do Coachella 2012, na Califórnia, tem inspirado muitas possibilidades, e viagens também. Na última semana, a empresa Core Media Group disse que está trabalhando em parceria com a Digital Domain Media Group (responsável pelo Tupac) no projeto que pretende trazer Elvis Presley de volta aos palcos. Nesta semana foi a vez das especulações girarem em torno de outros dois grandes ícones do rock: Jim Morrison e Jimi Hendrix. Pelo visto, a empolgação com a nova tecnologia é tanta, que em breve teremos novas sondagens, dá até para arriscar alguns palpites: Bob Marley, Miles Davis, Joe Ramone e, para a alegria do autor deste texto, Joe “The Clash” Strummer. Rá!

Resumo musical da semana

Garotas Suecas no Cine Joia, dica para o feriadão!

O elogiado grupo Garotas Suecas toca neste sábado no aconchegante Cine Joia, em São Paulo. A banda paulistana vai apresentar canções de seu último trabalho, o álbum Escaldante Banda (2010), que traz uma mistura bem-sucedida de Jovem Guarda, rock psicodélico e Jorge Bem. O show começa às 22h e o local também receberá o grupo gaúcho Apanhador Só. Um belo programa para o feriado chuvoso.

 

“Love Me Do” completa 50 anos

Há 50 anos os Beatles lançaram o clássico “Love Me Do”, primeiro de muitos singles do grupo que chegaram ao topo das paradas de sucesso em todo o planeta. A canção integra o álbum de estreia da banda de Liverpool, Please Please Me – um dos meus favoritos dos Beatles –, que certamente é um marca na história da música pop. Ao longo da carreira os fab four entrariam numa fase mais experimental e psicodélica, em discos como Revolver e Sgt. Pepper’s, mas o fato é que grande parte dos fãs dos Beatles foram arrebatados por canções de melodia ensolarada como “Love Me Do”.  

 

Patti and Johnny

O ator-roqueiro Johnny Depp já está virando figurinha carimbada em grandes parcerias musicais. Como se não bastasse dividir o palco com Marilyn Manson e Black Keys, o cara gravou um dueto com a poeta-punk Patti Smith, na faixa “Banga” (clique aqui e confira), que vai integrar o próximo álbum de inéditas de Patti. Além da parceria com Johnny, a eterna diva do cenário underground de Nova Iorque também compôs uma canção dedicada à cantora Amy Whinehouse (vídeo abaixo).

 

A canção perdida de Michael

A faixa “Don’t Be Messin’ Round”, relíquia perdida que foi lançada como “lado B” de “Don’t Be Messin’ Round”, que integra o álbum Bad foi divulgada na última quarta-feira (6). A música será lançada em uma edição comemorativa dos 25 anos do disco. Um aperitivo e tanto para os fãs do rei do pop Michael Jackson.

 

Elvis não morreu… Sério!

Segundo o site do jornal O Estado de S. Paulo, a empresa responsável pelo incrível holograma do “finado” rapper Tupac Shakur, que impressionou a plateia do festival Coachella deste ano, a Digital Domain Media Group, pretende ressuscitar o rei do rock Elvis Presley. O projeto será realizado em parceria com a empresa que administra a marca do roqueiro, a Elvis Presley Enterprises, que afirmou que a técnica do holograma pode “trazer a magia e a música de Elvis Presley de volta à vida”. Demais, né?   

Sobre música e punks

 

O punk rock possui duas vertentes: o cenário underground de Nova Iorque, onde circulavam poetas, bandas e artistas de toda sorte e o movimento anárquico e contestador que surgiu em Londres, impulsionado pelo desemprego da era Thatcher.

Nos Estados Unidos esse estilo musical promoveu uma renovação no rock, principalmente com os Ramones. Ao romperem com o virtuosismo e as viagens do rock progressivo – que dominava as rádios na época – Joey e companhia apostaram nos três acordes dos tempos de Chuck Berry. Já na Inglaterra, além de uma nova proposta de rock, os Sex Pistols cuspiam afrontas no conservadorismo britânico com duras críticas direcionadas à família real.

No Brasil essas duas correntes foram fundamentais para o surgimento dos primeiros grupos. Alguns jovens, filhos de diplomatas que viviam em Brasília, tiveram os primeiros contatos com bandas de punk rock, após viagens pela Europa e Estados Unidos – e posteriormente formaram bandas como Abordo Elétrico, liderada por Renato Russo, que originou outros grupos. No entanto, foi em São Paulo que esse ritmo atraiu multidões de jovens insatisfeitos com a situação do País.

São Paulo, a capital do punk rock

Em 1982 ocorreu o festival O Começo do Fim do Mundo, que recebeu bandas como Inocentes, Cólera (vídeo acima), Olho Seco e Ratos de Porão. A partir daí São Paulo se consolidou como a capital nacional do punk rock.

Parte dessa história será resgatada nos dias 18 e 19 de maio, no SESC Pompéia, com projeto O Fim do Mundo, Enfim, uma espécie de reedição do evento, que irá reunir bandas que fizeram parte do lendário show nos anos 80. Para conferir a programação completa do festival, clique aqui.

Resumo musical da semana

Os Hives seguem em frente

Os suecos do grupo garage punk The Hives – que por aqui a gente sempre cita como uma das mais legais que apareceram no início dos anos 2000 – lança no próximo dia 5 de junho o álbum Lex Hives. O primeiro single, “Go Right Ahead”, teve o vídeo oficial divulgado nesta semana. Com direito a câmera gravando imagens diretamente do braço da guitarra e uma sombra sinistra atrás do vocalista Howlin’ Pelle Almqvist, os caras seguem mandando um rockão de primeira.  

 

A volta do CBGB?

De acordo com uma reportagem publicada no conceituado The New York Times, os proprietários da marca CBGB, lendária casa de shows que durante os anos 70 recebeu nomes como Richard Hell, Patti Smith, Blondie, Television, Johnny Thunders e Ramones, estão pensando em reabrir o estabelecimento. O que se sabe até agora é que um show comemorativo irá receber 300 bandas entre 5 e 8 de junho. Dentre os nomes de peso do evento estão Peter Buck (R.E.M) e David Johansen, (New York Dolls). Enquanto o futuro do CBGB é discutido, um dos personagens que circulou lá por um bom tempo, o guitarrista Johnny Ramone, teve sua biografia lançada no Brasil. Commando: the Autobiography of Johnny Ramone, baseada em diversas entrevistas concedidas pelo guitarrista em seus últimos dias, o livro conta a trajetória de Johnny na música, em 176 páginas, recheadas de fotos de arquivo.  

 

Sonzão no Sónar 

O aguardado festival de música Sónar ocorre entre hoje (11) e amanhã (12), em São Paulo. Apesar do cancelamento do show da cantora Björk, o evento ganhou um reforço dos bons, o lendário grupo alemão Kraftwerk , considerado um dos pais da música eletrônica. Apesar do Sónar ser mais voltado a artistas de vertentes eletrônicas, vale destacar também nomes que passeiam por outros estilos musicais, como James Blake, que chega a ter boas referências de jazz. Outro nome que merece atenção é a dupla francesa Justice.

 

Um pé na Jamaica, outro no Brasil

A Folha de S. Paulo publicou em seu site uma entrevista interessante com a cantora Céu nesta semana. Durante a conversa, a moça contou sobre a forte influência que a música jamaicana exerceu em seu trabalho, fator evidente nos três álbuns da cantora. No entanto, Céu também disse que tem ouvido artistas como Black Keys (olha só que legal!), Velvet Underground e Carmem Miranda. Realmente um gosto musical bem apurado. O SESC Belenzinho recebe três shows da cantora, que integram a turnê do ótimo Caravana Sereia Bloom, cujos ingressos estão ESGOTADOS. Pelo Facebook, Céu avisou que novas apresentações em São Paulo serão divulgadas em breve.  

 

O novo vídeo do Howler e as borrifadas de tinta

O grupo-sensação Howler, que recentemente fez um belo show no clube Beco, em São Paulo, lançou nesta semana o vídeo da canção “This One’s Different”. A música integra o disco de estreia da banda, o elogiado America Give Up, muito comparado ao primeiro dos Strokes, Is This It, pela imprensa – embora eu ache que não tem absolutamente nada a ver. Nas imagens, os integrantes do Howler aparecem pintados (borrifados) com tinta vermelha, coisa de adolescente rebelde…

 

Iggy Pop e a gravadora insensível

Procurar e destruir. Esse é o sentimento de Iggy Pop em relação à sua atual gravadora. O álbum Après, que traz cover de Beatles, Frank Sinatra e Serge Gainsbourg foi lançado apenas no site oficial do músico e no iTunes, após uma cruel negativa da atual gravadora, a Virgin EMI. Iggy afirmou ter ficado chateado quando executivos solicitaram que ele fizesse um disco de rock com “pop punks”, algo como: “Oi Papai”, desabafou o cantor ao The Thelegraph. É realmente chato ver um músico com tanta bagagem passar por situações como esta. Aqui no blog Cultura no Prato, a gente sai em defesa do Iggy e publica abaixo o vídeo no qual ele fala sobre como foi interpretar uma canção do mito Gainsbourg.   

Resumo musical da semana

Pixinguinha eterno

O mestre do choro, Pixinguinha, completaria 115 anos na última segunda-feira (23). A celebração começou com o lançamento do livro Pixinguinha – Inéditas e redescobertas, fruto de uma parceria entre o Instituto Moreira Salles e a Imprensa Oficial do Estado de São Paulo. A organização recebe assinatura de Bia Paes Leme, Pedro Aragão e Paulo Aragão. Além disso, no próximo dia 5 de maio, às 21h, os pianistas Benjamim Taubkin, Leandro Braga e Cristovão Bastos irão apresentar estas partituras, no Teatro Fecap, durante a programação da Virada Cultural.

 

Bob Dylan, o gênio chato

O cantor e compositor Bob Dylan é genial, compôs discos que estão entre os melhores de todos os tempos e possui admiradores do nível de Beatles e Rolling Stones. No entanto, é dono de uma das personalidades mais difíceis da música. O músico tocou em São Paulo nos dias 21 e 22 de abril. Carrancudo, vetou a distribuição de credenciais para jornalistas, fotógrafos e cinegrafistas. Mesmo sabendo que Dylan é um gênio chato, o público que compareceu só quis saber de aproveitar o show, afinal, o que interessa é poder apreciar suas belas canções.

 

Malditas cordas vocais

Não foi desta vez que o público brasileiro conseguiu assistir à cantora Björk novamente. Por conta de um problema nas cordas vocais, a artista precisou cancelar sua participação no festival Sónar São Paulo, assim como ocorreu com outros shows que a cantora faria na América do Sul. O evento será realizado nos dias 11 e 12 de maio, no Anhembi. Dentre as atrações, destaque para o importante Kraftwerk.  

 

Super Jack White

Ele está com tudo e mais um pouco. Se tem um disco que está recebendo enxurradas de comentários elogiosos é o último álbum do mago Jack White, chamado Blunderbuss – em breve teremos uma resenha sobre o disco aqui no blog, aguardem. Além disso, o site da revista britânica New Musical Express publicou nesta semana que Jack White será responsável pela trilha sonora da nova adaptação da Disney para o filme The Lone Ranger, que terá no elenco ninguém menos que Johnny Depp e Armie Hammer. O cara está com moral, fala sério.

 

O samba está de luto 

Quando comecei a escrever este texto imaginei a festa que estaria rolando no além, ocasionada pelo encontro entre os “três malandros”, Moreira da Silva, Bezerra e Dicró. Pois é, se por um lado perdemos Dicró (no último dia 26), grande sambista, dono de letras divertidíssimas e vascaíno roxo, agora os músicos que integraram o lendário disco Os 3 Malandros In Concert estarão juntos novamente. Sobre Dicró, o que se pode dizer é que dificilmente teremos outro sambista como ele. Mas, como diria o clássico verso do gênero musical mais brasileiro de todos: “o show tem que continuar…”.

 

Joe Strummer chamando

Joe Strummer em Nova Iorque, durante a turnê de 1981 do Clash (Foto: Bob Gruen)

 

O carinho que os fãs do grupo inglês The Clash cultivaram nos últimos dez anos pelo ex-líder da banda, Joe Strummer, talvez resuma um pouco a importância que ele teve na história da música. Autor de letras engajadas, que ultrapassaram as barreiras de uma simples composição e chegaram ao patamar de calorosos manifestos, Strummer era um devorador de livros e incansável pesquisador de geopolítica.  À época do álbum Sandinista!, por exemplo, qualquer jovem que escutasse suas canções teria identificação imediata com os temas abordados no disco, fosse ele nascido no Afeganistão ou Chile. Joe Strummer sabia que suas músicas não mudariam o mundo, mas eram capazes de mudar as pessoas.

Por esses e milhares de outros motivos os fãs de Clash amam Joe Strummer. No próximo dia 21 de agosto, o músico completaria 60 e um show chamado “Strummer Of Love” será realizado na Inglaterra para celebrar a data. Quem organiza o evento é a fundação Strummerville – criada por familiares e amigos de Joe –, que dá suporte a artistas novos há dez anos.  Uma das ações mais bacanas da ONG é realizar pequenos festivais, onde bandas que estão começando têm a oportunidade de subir ao palco pela primeira vez. Realmente um ato muito nobre.

O evento “Strummer Of Love” terá um line-up (que será divulgado nos próximos dias) formado por amigos de longa data do músico, além de personalidades que admiram seu trabalho. Abaixo você confere o teaser oficial do evento, que mostra um pouco dos trabalhos realizados pela Strummerville. Curioso para saber quais serão as atrações? Vamos aguardar.