Iggy vira DJ, e toca Bowie

bowie e iggy

Coisa de brother. Na edição desta semana de seu programa radiofônico Iggy Confidential, que vai ao ar na BBC 6 Music, o pai do punk Iggy Pop dedicou duas horas de música para homenagear o amigo (e salvador) David Bowie. Ou seja, o ilustre DJ tocou uma seleção especial só de Bowie.

Sabe-se que Bowie e Iggy já firmaram diversas parcerias, principalmente quando o gênio britânico resgatou o então vocalista dos Stooges do fundo do poço. David Bowie produziu Raw Power (1973) – um dos discos mais incríveis de punk rock – e posteriormente, em 1977, assinou também a produção de The Idiot e Lust For Life, e isso não é pouca coisa.

A seguir a playlist com as faixas tocadas por Iggy Pop (confira o programa aqui), o que mostra que de David Bowie ele entende muito bem. Deixo ao final deste texto o vídeo da canção “DJ”, música que talvez Bowie dedicasse a Iggy após ouvir o programa da BBC: “I am a DJ, I am what I play”. Perfeito.

Boys Keep Swinging

Art Decade

John, I’m Only Dancing (Sax Version)

Black Country Rock

Station to Station

What in the World

Wild Is the Wind

The Prettiest Star (Single Version)

Moss Garden

Panic in Detroit

Dirty Boys

Moonage Daydream

Sound and Vision

Under Pressure

Diamond Dogs

Criminal World

Where Are We Now?

I Can’t Give Everything Away

Stay (US Single Edit)

TVC 15

Young Americans (Single Version)

Golden Years (Single Version)

Aladdin Sane

Dollar Days

Warszawa

 

David Bowie, a identidade musical em processo

PRÓXIMA TATOO

A lacuna que David Bowie deixa na cultura pop nunca será preenchida. O luto dos fãs é compreensível, sincero e ainda irá doer por um longo período. No meu caso, acho que não lamento tanto a morte de um artista desde 2002, quando o telefonema de um amigo me avisou sobre o falecimento de Joe Strummer (Clash). Somente hoje consegui escrever sobre o assunto, uma vez que no último post escrito neste blog, em 2015, celebrei o lançamento do álbum Blackstar.

Nos inúmeros textos que li sobre Bowie, grande parte se referia à sua genialidade de abordar a própria morte iminente no vídeo da canção “Lazarus”, ao evocar o significado simbólico do personagem bíblico ressuscitado por Jesus, e também ao cantar o verso: “olha aqui para cima / estou no céu”. De fato, há clara menção ao tema na letra e na linguagem obscura de seu clipe, o que demonstra que a vida do músico foi uma obra de arte em si. Ou seja, nele legado artístico e narrativa de vida estão conectados, embaralhados.

Mas o aspecto mais fascinante na trajetória de David Bowie foi sua capacidade de assimilar os diferentes momentos da música, e aproveitar suas texturas sonoras para gerar diferentes sentidos na cultura pop. Em seus discos é possível observar traços de folk, glam rock, new wave, punk, e música eletrônica – entre outras fontes sonoras. Por esse motivo, a genialidade de Bowie está, sobretudo, associada à sua identidade musical sempre em processo criativo, pois ela não fecha em uma delimitação de gênero, mas é deliciosamente teimosa ao escapar às tentativas de definição.

Concordo com o belo texto assinado por Hari Kunzru no Guardian, pois Bowie sintetiza a liberdade de construção dos universos de pertencimento, e essa discussão é amplamente pertinente no cenário atual, quando nos deparamos com forças conservadoras que tentam delimitar indivíduos em unicidades semânticas. Um dos principais teóricos dos Estudos Culturais, Stuart Hall, problematizara que a questão multicultural é essencial à definição de democracia. E a diversidade musical (e cultural) de Bowie remete a esse tipo de pensamento.

Afinal, o frescor de seus discos reside na facilidade com a qual o músico soube absorver a diferença – e falo isso porque há, no mínimo, dez álbuns de Bowie que obrigatoriamente devem estar em qualquer lista séria de rock. Portanto, devemos celebrar David Bowie porque sua construção identitária estava sempre aberta e receptiva às novas possibilidades estéticas, o que significa, acima de tudo, uma postura artística que reforçou a liberdade de assumir quaisquer representações na cultura pop.

Vem, 2016! Com Bowie e PJ Harvey

bowie

O ano está prestes a acabar, mas futuros lançamentos que pipocaram na web nesta semana deixaram boas perspectivas para 2016 – sem contar as nossas projeções pessoais, haha. Na onda das boas notícias, e em meio à euforia de Star Wars, eis que o incansável David Bowie e a ótima PJ Harvey irão lançar seus respectivos próximos discos no ano que vem.

pj

PJ não lança um trabalho de inéditas há cinco anos, e divulgou hoje um teaser incrível de trinta segundos. Tudo bem, concordo que é muito pouco para uma análise justa, mas a canção de guitarra encorpada que acompanha a bela voz da artista parece bem boa.

Já Bowie mostrou, de uma só vez, o nome de seu próximo álbum, Blackstar, e a data de lançamento do trabalho, previsto para chegar às lojas em 8 de janeiro. O primeiro single também foi divulgado, trata-se da belíssima “Lazarus”, de clima sombrio e que poderia perfeitamente entrar para a lista de melhores do ano – talvez ainda dê tempo.

Aos leitores

O ano acaba com duas boas notícias, de artistas que geralmente são abordados neste espaço. No próximo ano estaremos de volta a partir da semana do dia 4 de janeiro, e quem sabe com novidades na manga (yeah!). È isso, um ótimo 2016 a todos.

A seguir, PJ Harvey e David Bowie.

 

 

Cinebiografias de músicos que a gente gostaria de ver (algum dia)

Quem não se lembra da belíssima interpretação de Joaquin Phoenix no filme Walk the Line (por aqui, Johnny e June), sobre a trajetória do grande Johnny Cash? Menção honrosa também para Reese Witherspoon, que interpretou June Carter na mesma obra. Cinebiografias têm o poder de transpor para as telas de cinema a vida de artistas que admiramos, fato de extrema importância para malucos por música – quem já foi arrebatado momentaneamente da realidade, após colocar um disco para tocar, sabe muito bem do que estou falando.

Hoje me deparei com uma postagem interessante no site da NME, que trazia sugestões de atores para interpretar roqueiros e artistas da música pop em eventuais cinebiografias. Em vez de especular quem será próximo ministro da Fazenda, a gente fica nessas maluquices – que julgamos importantes (rá!).  Voltando à lista, selecionei algumas possibilidades, lá vai: Scarlett Johansson de Debbie Harry, Lenny Kravitz de Bob Marley (eu curti!), Tilda Swinton de Bowie (haha) e Joseph Gordon-Levitt de Joe Strummer (foto que ilustra este texto) – todos certamente dariam conta do recado.

Tudo bem que a publicação britânica exagerou na dose ao sugerir Jennifer Aniston de Iggy Pop (maldade, hehe) e botou o Alex Turner numa fria ao apontar que o vocalista do Arctic Monkeys poderia interpretar Elvis Presley nas telonas – visualmente é possível, o problema é sotaque inglês que não combina –, mas a viagem rende boas discussões. Eternas discussões.

Confirmados mesmo temos o longa Get on up, cinebiografia de James Brown, com o ator Chadwick Boseman no papel do padrinho do soul, e Andre 3000 interpretando Jimi Hendrix, no filme sobre o lendário guitarrista. Para conferir a lista completa da NME clique aqui. Vale a pena.

Os cinco melhores álbuns (internacionais) de 2013

Ano produtivo na música, trabalho árduo para o Cultura no Prato. A missão de selecionar os cinco discos mais legais de 2013 – não necessariamente os mais legais, se é que vocês me entendem – foi das mais difíceis, enfim, obviamente deixamos belos álbuns de fora. Sorry.

Já fazendo o mea culpa, fui obrigado a pensar e pensar, ouvir as canções, ler resenhas nas principais revistas e jornais para montar a listinha. Uma tortura. O fato é que deixar discos como Settle (Disclosure), Silence Yourself (Savages), Push the Sky Away (Nick Cave & The Bad Seeds) e Modern Vampires of the City (Vampire Weekend) não deve ser considerado um crime, pois estes discos estão sim entre os melhores do ano – seja qual for a lista.

Vamos ao que interessa, os cinco melhores discos deste ano, na opinião deste blog que acompanhou e abordou o lançamento de cada um destes grandes trabalhos.

Arctic Monkeys – “AM”

Com AM, o Arctic Monkeys formou uma trilogia bem interessante em sua discografia, ao lado de Humbug (2009) e Suck It And See It (2011). Segundo a NME, eles ainda têm muito para contribuir com a música. Concordo.

Daft Punk – “Random Access Memories”

Após dezenas de teasers do hit “Get Lucky”, o Daft Punk retornou ao cenário musical com um ótimo disco, que ainda conta com a participação do Stroke Julian Casablancas. O som retrô da dupla francesa é inconfundível.

David Bowie – “The Next Day”

Este belíssimo disco marca o retorno do gênio David Bowie. Sem mais.

Haim – “Days Are Gone”

Desde que lançou o ótimo Forever EP (um EP, claro), o trio formado pelas irmãs Este, Alana e Danielle Haim só cresceu musicalmente. Algumas faixas de Forever foram tão bem recebidas pela crítica que até entraram no Days Are Gone. O som é indie-pop-80’s. Coisa linda do início ao fim.

Lorde – “Pure Heroine”

Nascida Ella Yelich-O’Connor, a cantora e compositora neozelandesa Lorde é uma espécie de furacão contemporâneo. A sonoridade dela parece estar entre a Lana Del Rey e o XX. Esqueça o hype, ela é boa mesmo.

Aguardem, na próxima semana teremos a listinha dos “cinco melhores álbuns lançados no Brasil”.

Resumo musical

Moz vai regravar Lou

A música contemporânea não teria nome mais adequado para prestar uma homenagem justa (e, à altura) ao ícone Lou Reed que o Morrissey. Que o grande Moz é fã assumido do legado deixado por Lou, não há dúvida – o Velvet Underground bateu forte nos ouvidos do músico antes mesmo dos tempos de Smiths.  Um versão para “Satellite of Love”, gravada por Morrissey em 2011, durante um show em Las Vegas, será lançada como single no próximo dia 2 de dezembro. A canção vai integrar uma versão em vídeo da autobiografia do Moz, que tem sido um grande sucesso no mercado editorial. O vídeo você confere a seguir. E quer saber? A versão ficou incrível.

 

Lorde visita o Letterman. Lorde faz cover de Tears For Fears!

A menina vale outro: com apenas 17 aninhos, a cantora neozelandesa Lorde, que faz um som meio indie, meio pop, meio Lana Del Rey com XX, tem abalado o cenário musical. Nesta semana ela deu o que falar: visitou o programa do David Letterman, deu uma tremenda audiência e ainda gravou uma versão para “Everybody Wants to Rule the World”, do Tears For Fears, para o filme Hunger Games (Jogos Vorazes). Estava ouvindo o novo álbum dela hoje, que vazou no YouTube, clique aqui e ouça enquanto é tempo. O disco é bem interessante.

 

Lily Allen lança vídeo e alfineta Robin Thicke

A Lily Allen está de volta e não está para brincadeira. Seu retorno não poderia ser melhor, acredite, o primeiro single divulgado pela cantora inglesa nesta semana, “Hard Out Here”, dá uma bela alfinetada no hit “Blurred Lines”, do cantor Robin Thicke. No vídeo da canção do músico pop, uma garota dança próxima à frase: “Robin Thicke tem um grande pênis” – uma piada sem graça, convenhamos. Em resposta, no vídeo divulgado pela cantora, eis que surge a mensagem: “uma vagina larga”, em resposta aos machões. O próximo álbum de Lily Allen está previsto para ser lançado em 2014 e, segundo a própria artista, o novo trabalho terá “vibrações feministas”. É por isso que adoramos a Lily!

 

David Bowie lança vídeo sexy, via revista VICE

David Bowie decidiu fazer uma parceria com a publicação VICE, revista cult linha editorial vai de sexo a geopolítica, para divulgar a nova versão do vídeo da faixa “Love Is Lost”, que integra a edição “de luxo” do álbum The Next Day. O vídeo é bonito, sexy e a canção é aquela remixada pelo James Murphy – com calorosos 10 minutos de duração.

 

Canções do próximo álbum do Jake Bugg vazam na web 

O músico-prodígio Jake Bugg, atração confirmado no line up do nosso Lollapalooza 2014, lança seu segundo álbum, Shangri La – gostei do nome –, na próxima semana. No início desta semana, o garoto inglês (ele tem apenas 19 anos) divulgou o primeiro single que irá compor seu novo trabalho, “Messed Up Kids”. A canção tem mesmo “jeito” de grande hit e repercutiu bem em diversas publicações – entre revistas especializadas e grandes jornais. Na última quinta-feira (14), outra faixa do Shangri La vazou na web, desta vez a bela “A Song About Love” – nem preciso dizer que a canção é uma balada (hehe). Fiquem de olho nesse moleque!

Resumo musical

Arcade Fire toca Devo

O Arcade Fire lançou na última semana o álbum Reflektor e tem se apresentado por aí sob o nome The Reflektors, sacada inteligente para promover a chegada do novo trabalho. Os shows da banda também têm surpreendido. Durante uma apresentação em Los Angeles, o Arcade Fire tocou uma versão interessante para “Uncontrollable Urge”, faixa do lendário grupo punk/new wave, Devo. Ficou legal.

 

Killers vai ao Jools… E Killers divulga nova faixa

O Killers lança a coletânea Direct Hits no próximo dia 11 de novembro. O tal resumo na trajetória da banda talvez antecipe um período de férias, ou talvez não. Há poucas (ou quase nenhuma) pistas. O novo trabalho terá duas faixas inéditas: “Shot at the Night” e “Just Another Girl”, esta última o grupo do Brandon Flowers divulgou nesta semana (vídeo abaixo). A banda também visitou o programa do mito Jools Holland, na BBC Two e tocaram, entre outras faixas, “Shot at the Night” – que particularmente acho bem bonita.

 

Chvrches lança novo video

Ah, essa banda Chvrvches tem arrancado elogios aqui no Cultura no Prato. Projeto indie-eletrônico dos bons, o grupo lançou recentemente seu primeiro álbum, Bones of What You Believe, trabalho cheio de referências legais e que colocou o Chvrches entre as bandas do momento. Nesta semana a banda divulgou o vídeo do segundo single do disco, “Lies” – o clipe está pode ser visto aqui. Já estou fazendo campanha para vê-los aqui no Brasil em breve!

 

Dose dupla de Bowie

O disco que trouxe David Bowie novamente ao cenário musical, The Next Day, vai ganhar uma versão com um rico material extra. Já falamos sobre isso aqui (hehe). Mas a novidade agora é que Bowie divulgou nesta semana duas das faixas inéditas que irão compor a nova versão de The Next Day. São elas: “Atomica” e “Born in a UFO” – confira a seguir. O material inédito ainda terá “Love is Lost (Hello Steve Reich Mix by James Murphy)”, “The Informer”, “Like a Rocket Man”, “I’d Rather Be High (Venetian Mix)” e “God Bless the Girl”. Valeu, Bowie!

 

Resumo musical

Savages e o vídeo (cool) inspirado em um romance do escritor Kurt Vonnegut

A banda mais pós-punk da atualidade, a britânica Savages, lançou neste ano o ótimo Silence Yourself. O álbum estava entre os indicados ao prêmio Mercury Prize, a homenagem mais importante que um músico do Reino Unido pode receber em seu território – você vai ler mais sobre a cerimônia nesta post. Nesta semana o grupo lançou o clipe da faixa “Marshal Dear”, outra canção “absurda de boa” que integra o disco de estreia da banda. O vídeo exibe uma animação dark elaborada pelo artista Gergely Wootsch, em parceria com a guitarrista do Savages, Gemma Thompson. O roteiro, idealizado por Thompson, é baseado em uma cena do romance Slaughterhouse Five, do escritor Kurt Vonnegut. Cool.

 

O Blur está chegando (com homenagem ao Lou na bagagem!)

Foi somente um trechinho, mas o Blur se juntou ao time de artistas que prestou homenagem ao grande Lou Reed nesta semana, durante uma apresentação em Lima, no Peru. O show integra a mesma turnê que passará por São Paulo no próximo dia 9 de novembro, durante o Planeta Terra 2013. O Cultura no Prato estará no evento e irá preparar um material bacana para você curtir aqui no blog. Bom, sobre o possível repertório do Blur em São Paulo, o setlist não deve fugir muito do apresentado ao público peruano, que contou com as faixas “Girls & Boys”, “There’s No Other Way” e “Beetlebum”, “Song 2”, Coffee & TV’ e “Satellite of Love” (Lou Reed, yeah!), entre outras faixas. Ao que tudo indica, teremos show dos bons por aqui.

 

James Blake fatura o Mercury Prize

Ele roubou a cena. Quem achava que o badalado prêmio britânico Mercury Prize seria, inevitavelmente do bombado Arctic Monkeys se enganou feio. Alíás, entre os indicados figurava também a lenda David Bowie. Não teve jeito, o dono da noite acabou sendo o músico James Blake, com seu recém-lançado Overgrown, disco que traz várias referências, que vão de batidas eletrônicas, hip hop e pitadas alternativas. Por falar na influência que o músico traz do rap, nesta semana James Blake divulgou uma versão para “Come Thru”, do rapper Drake. Clique aqui e ouça. A seguir você confere o cantor recebendo o importante Mercury Prize.

 

Bowie lança novo vídeo (que custou apenas R$ 30)

O gênio David Bowie divulgou na última quarta-feira (30) o vídeo da canção “Love Is Lost”. Com apenas oito libras (o que dá, mais ou menos, R$ 30), o camaleão usou uma câmera que tinha em sua casa e mandou ver nas imagens. A versão que você ouve no vídeo foi remixada pelo músico-faz-tudo James Murphy, sim, o mesmo do LCD Soundsystem. A faixa irá integrar o luxuoso “The Next Day Extra”, com data de lançamento prevista para o próximo dia 5. O material vai trazer dois CDs, um deles com material extra, e um DVD com os vídeos dos respectivos singles do álbum.

 

Ah, tem as Dum Dum Girls de vídeo novo

O próximo álbum da banda Dum Dum Girls, Too True, chega às lojas em 27 de janeiro de 2014 – anote aí. O primeiro single do novo trabalho é a faixa “Lost Boys and Girls Club”, de sonoridade sexy e feita para dançar coladinho. A canção ganhou um vídeo, divulgado nesta semana, com imagens, digamos, bem selvagens (hehe). O disco Too True será lançado nos Estados Unidos pelo selo cool Sub Pop – o setlist você confere no site da Pitchfork.

 

Resumo musical

Bowie na BBC, em 1973

No início desta semana, a BBC Radio 6 anunciou que colocaria no ar um programa raro, gravado em 1973, que à época seria usado como material de divulgação do álbum Pin Ups, do músico David Bowie. A relíquia foi ao ar na última quarta-feira e, conforme prometemos aqui no Cultura no Prato, separamos o caminho para que você confira o lendário programa. (clique aqui).

 

Charlatans (e amigos) faz cover do Joy Division

Na última semana ocorreu um evento em Londres para arrecadar dinheiro para uma instituição britânica de combate ao câncer, fundada pelo ex-baterista da banda Charlatans, Jon Brookes – que faleceu por conta da doença. O show reuniu pela primeira vez, quinze anos depois, Lima Gallagher e o guitarrista Bonehead, ambos fundadores do Oasis – ao lado do Noel, claro. A apresentação contou também com membros das bandas The Vaccines, New Order, Chemical Brothers e Mumford & Sons. Esse time de feras, inclusive, chegou a dividir o palco para tocar o clássico “Love Will Tear Us Apart”, do ícone do pós-punk inglês Joy Division. Genial.

 

Arctic Monkeys: vídeo novo, acústico e aparição no Jools Holland!

Veja bem, não estamos querendo forçar a barra nem nada, mas o fato é que está ficando impossível não falar sobre o Arctic Monkeys semanalmente. Os caras literalmente conquistaram o planeta e não há dúvida de que são a banda do momento. Nesta semana o grupo liderado pelo gênio Alex Turner publicou no Youtube uma versão acústica (e linda) de “Why’d You Only Call Me When You’re High”, faixa do disção AM. E não foi só isso. A banda ainda visitou o programa mais legal, musicalmente falando, do mundo, o do apresentador Jools Holland. Na ocasião, o Arctic Monkeys foi atração ao lado de Paul McCartney, Gary Clark Jr e Katy B. Acha que está bom? Pois bem, a banda de Sheffield ainda lançou na última quinta-feira (24) o vídeo da canção “One For The Road”. Sem mais.

 

A nova faixa do Cut Copy

O projeto electro-indie Cut Copy divulgou nesta semana mais uma faixa que irá compor o próximo trabalho da banda, Free Your Mind. A canção se chama “We Are Explorers” e tem uma pegada dançante, sexy e com toques de Depeche Mode. A álbum chega às lojas em 5 de novembro, pelo selo Loma Vista/Modular. Expectativa boa para este disco – pelo menos é que a gente acha por aqui.

 

Noah And The Whale toca Beastie Boys

O grupo Noah And The Whale se apresentou em Nova Iorque no último dia 22 de outubro, no Irving Plaza. Em determinado momento do show, o vocalista Charlie Fink disse o quanto era legal estar tocando por lá, durante o tradicional e carismático discurso da “boa vizinhança” (que as bandas geralmente costumam fazer, sabe?). Em seguida, o grupo mandou uma versão para o clássico “You Gotta) Fight For Your Right (To Party!)”, do trio rap-punk-funk Beastie Boys. E, olha, quer saber? Ficou bacana.

BBC exibe programa raro sobre David Bowie, gravado em 1973

BBC exibe na próxima terça-feira (23) um programa gravado para promover o álbum "Pin Ups", de 1973.
BBC exibe na próxima terça-feira (23) um programa gravado para promover o álbum “Pin Ups”, de 1973.

 

Em 1973, o gênio David Bowie gravou o álbum Pin Ups, disco de covers que presta homenagem a artistas que o camaleão admira – como Who, Them e Yardbirds. Para promover o lançamento, o músico foi tema de um programa de rádio, de aproximadamente quinze minutos, no qual seriam apresentadas algumas faixas do novo trabalho e entrevistas. Bem, seriam mesmo, pois a gravação jamais foi ao ar.

Eis que a competente BBC Radio 6 Music preparou uma surpresa para os fãs do artista nesta semana. Na próxima quarta-feira (23), às 9h30 – no pontual horário britânico, claro –, o tal programa inédito será exibido na íntegra (Yeah!). Caso não você consiga acompanhar, não se preocupe, esses programas especiais da Radio 6 geralmente vazam bonito na web – e o Cultura no Prato irá repercutir essa raridade por aqui (hehe).

O material inédito que vai ao ar amanhã inclui as ótimas versões que Bowie gravou para “Rosalyn” (The Pretty Things), “Here Comes the Night” (Them), “I Wish You Would“ (The Yardbirds), “Sorrow” (The Merseys) e “I Can’t Explain” (The Who). Além das faixas, o programa ainda irá reunir entrevistas nas quais o músico fala sobre a cena musical por trás de cada uma das canções. Obrigado, BBC.

O novo vídeo (e os olhos) de David Bowie

 

Ele voltou para confirmar sua posição de ícone da cultura pop. Sim, estou falando de David Bowie. Na manhã desta terça-feira (16), circulou nos principais veículos especializados em música o vídeo da canção “Valentine’s Day”, uma balada de rock bem ao estilo Bowie, dos bons tempos de Bowie, entende?

A faixa é mais um single tirado do álbum The Next Day, que pegou todos de surpresa quando foi anunciado há poucos meses e que também fez todos rasgarem elogios ao grande David Bowie. A direção do clipe, que destaca expressões e olhares do músico, é assinada por Markus e Idrani.

 

Resumo musical

Mosquito sedento por sangue jovem

Pobre menino. Divulgado nesta semana, o vídeo oficial da canção “Mosquito”, do álbum homônimo lançado pela banda Yeah Yeah Yeahs neste ano, mostra imagens de um inseto psicodélico sedento pelo sangue de um indefeso garoto. Já a sonoridade remete aos primeiros trabalhos do grupo da vocalista Karen O. No desfecho do clipe, eis que a vítima tem seu momento de redenção (ou de vingança).

 

QOTSA divulga novo single, com direito a animação sangrenta

Determinado a ser destaque novamente no cenário musical, o Queens of the Stone Age está concentrado no lançamento do álbum …Like Clockwork, previsto para chegar às lojas em 3 de junho. Nesta semana o grupo de Josh Homme divulgou o vídeo do single “I Appear Missing”, o segundo do próximo trabalho da banda – lembrando que o primeiro foi “My God Is The Sun”, tocado ao vivo pela primeira vez no Lollapalooza Brasil. As imagens mostram uma sangrenta animação, que ilustra o clima pesado da letra. Musicalmente, achei a nova faixa mais interessante que o primeiro single, “My God Is The Sun”. Outra novidade sobre o QOTSA, é que o grupo disponibilizou mais duas faixas inéditas nesta semana para audição, no site da NME, são elas: “I Sat By The Ocean” e “If I Had A Tail”, que também irão compor …Like Clockwork. O Josh Homme vem com tudo em 2013!

 

A ponte África-Jamaica do Vampire Weekend

O Vampire Weekend lança no próximo dia 14 o álbum Modern Vampires of the City. Conhecido por elaborar trabalhos experimentais, sem soar ‘cabeça’ demais, o grupo norte-americano parece repetir a boa receita dos últimos discos da banda nesta nova empreitada. Nos últimos dias foi divulgada a inédita (e linda) “Ya Hey”, que faz uma espécie de ponte musical entre sons africanos e o dub-reggae jamaicano – com leve pitada clashiana ao estilo “Straight to Hell”. O vídeo de divulgação vem com a letra da canção, acompanhada por imagens de uma galera estourando champanhe. Cool.

 

Primal Scream: Moderno e ‘brother’ do Robert Plant

É na segunda-feira, 13, que o mundo irá conhecer o próximo trabalho do Primal Scream, More Light. Nesta semana a banda escocesa começou a divulgar, em seu canal do YouTube, algumas faixas do álbum. Uma delas é a “Side A”, dançante com um belo groove. O novo trabalho do Primal Scream terá as participações especiais de Robert Plant e Mark Stewart (Pop Group). Por falar em Plant, o jornalista Lúcio Ribeiro publicou em seu blog, na última quinta-feira (9), a faixa que traz a contribuição do ex-vocalista do Led Zeppelin.

 

Bowie, Oldman e Cotillard, está bom pra você?

O time de estrelas descrito no título deste texto está reunido no vídeo da canção The Next Day, faixa que pertence ao disco homônimo lançado por David Bowie neste ano – e que chacoalhou o cenário musical. O clipe foi dirigido por Floria Sigismundi, que também assinou o vídeo de “Mirrors”, do Justin Timberlake. As imagens provocadoras mostram alguns padres, entre eles o personagem interpretado por Gary Oldman, se divertindo em um inferninho dos bons (hehe). Quem não gostou nada da festa foi o Vaticano.

O furacão David Bowie

 

Só deu David Bowie na manhã desta terça-feira (27). Tudo bem que as última aparições do cara ocorreram há seis ou sete anos, mas bastou o vídeo da canção “The Stars (Are Out Tonight)” ser divulgado para as redes sociais Facebook e Twitter bombardearem o assunto Bowie. A faixa vai integrar o álbum The Next Day, que chega primeiro às lojas australianas (??), no dia 8 de março, antes de ser lançado na Inglaterra, no dia 11.

No vídeo David Bowie divide espaço com a atriz Tilda Swinton (Precisamos Falar Sobre Kevin) e com uma espécie de banda de glam rock, que visualmente lembra bastante o Bowie dos tempos de Young Americans (1975). Ah, a sonoridade da faixa também remete a trabalhos lançados pelo astro na década de 70. Atualmente, o músico está capa da revistas Rolling Stone Brasil, New Musical Express e Q Magazine. Só isso.

Durante uma entrevista à Uncut, o baterista Zachary Alford, que acompanhou Bowie nas gravações, disse que, após ele ter mudado o rumo da bateria de uma das canções, o Camaleão emendou: “Gostei. Vou mudar a letra. Ela originalmente ia ser sobre prostitutas no Vaticano!”. Haha.

Bomba: David Bowie completa 66 anos e anuncia álbum de inéditas!

Capa do álbum "The Next Day", próximo trabalho de David Bowie.
Capa do álbum “The Next Day”, próximo trabalho de David Bowie.

 

Foi só o Cultura no Prato voltar ao trabalho para o ícone David Bowie se coçar e anunciar o lançamento do álbum The Next Day. Estamos com moral (hehe). O disco representa o fim de um hiato de 10 anos sem canções inéditas do Camaleão e chega às lojas europeias em 11 de março (na Austrália, o lançamento ocorrerá no dia 8 e nos Estados Unidos, no dia 12).    

A notícia foi destaque nos principais jornais do planeta e coincide com o aniversário de Bowie, que completa 66 primaveras nesta terça-feira (8). The Next Day será composto por 14 faixas e terá uma ‘versão deluxe’ com mais três canções. O primeiro single do disco é a canção “Where Are We Now?” (vídeo abaixo), baladinha deliciosa que faz menção a Berlim e cujo clipe mostra diversos locais importantes da cidade.

O último disco de inéditas lançado por Bowie foi Reality, de 2003. Agora, resta saber se o músico irá sair em turnê para divulgar seu novo trabalho e, claro, incluir o Brasil na rota de shows. Estamos na torcida!

 

A seguir você confere as faixas que irão compor as duas versões de The Next Day:

‘The Next Day’

 ‘Dirty Boys’

 ‘The Stars (Are Out Tonight)’

 ‘Love Is Lost’

 ‘Where Are We Now?’

 ‘Valentine’s Day’

 ‘If You Can See Me’

 ‘I’d Rather Be High’

 ‘Boss Of Me’

 ‘Dancing Out In Space’

 ‘How Does The Grass Grow’

 ‘(You Will) Set The World On Fire’

 ‘You Feel So Lonely You Could Die’

 ‘Heat’

 Faixas que integram a ‘versão deluxe’:

‘So She’

 ‘I’ll Take You There’

 ‘Plan’

Resumo musical da semana

O nascimento do maestro

O maestro, pesquisador e compositor Heitor Villa-Lobos faria aniversário na última segunda-feira (5). Com direito a homenagem no Google, a data ganhou repercussão nas redes sociais. A dedicação de Villa-Lobos em criar uma “cara” para a música brasileira, mesclando elementos clássicos e pitadas do folclore tupiniquim fazem com que o maestro ocupe o posto mais alto no time de patronos da nossa música. O Museu Villa-Lobos, localizado no Rio de Janeiro, é passeio obrigatório para quem deseja conhecer mais sobre este importante artista.

 

“O cara” dos Chili Peppers

Outro músico que completou aniversário no mesmo dia que o mestre Villa-Lobos é o guitarrista John Frusciante, ex-Red Hot Chili Peppers. Considerado a mente criativa da banda, Frusciante gravou discos importantes como Californication (1999) e Blood Sugar Sex Magic (1991). Sua saída, em 2009, foi um duro golpe para os demais integrantes. Recentemente John anunciou que não irá comparecer à cerimônia do Hall da Fama do Rock, que ocorrerá em abril, quando seu ex-grupo será homenageado.

 

Titãs na ativa

A lendária banda formada em São Paulo segue firme e forte com suas atividades. Os Titãs, tocam neste mês nas unidades Belenzinho – cuja apresentação, com ingressos esgotados, será focada no disco Cabeça de Dinossauro (1986) –, e Itaquera do Sesc. No segundo show, o grupo irá montar um repertório com clássicos e canções novas, que devem integrar o disco que os caras prometem lançar no início de 2013. Para saber mais informações, clique aqui.

 

Um ser espacial

O álbum The Rise and Fall of Ziggy Stardust and the Spiders From Mars completa 40 anos neste ano. Por conta disso, a lendária esquina da Heddon Street, em Londres, terá uma placa para homenagear o camaleão. Com este conceitual trabalho, Bowie abriu caminho para artistas como Janelle Monáe, Placebo e Suede, entre outros, e virou ícone do pomposo glam rock. Um clássico.

 

O rei do choro

Brasília recebe a exposição Pixinguinha, que celebra um dos mestres da música brasileira – já falamos de Villa-Lobos, certo? Maior e mais importante nome do choro, o flautista terá sua trajetória narrada por meio de fotos, instrumentos musicais, objetos pessoais e imagens (exibidas ao som de antigas gravações). No entanto, um dos mais deliciosos atrativos é o documentário Nós Somos um Poema (clique aqui e assista), que traz a inédita parceria entre Pixinguinha e Vinicius de Moraes, durante o período de gravação do filme Sol Sobre a Lama, dos anos 60, cuja assinatura é do diretor Alex Viany.