Saudades da Amy…

 

A morte de uma das vozes mais competentes da música contemporânea completa um ano nesta segunda-feira (23). O autor deste texto recorda muito bem, pois recebeu a notícia de uma colega de trabalho, no caminho de uma entrevista que fazia parte de seu projeto de TCC. Era período de faculdade. O tempo passou rápido demais, assim como a carreira meteórica da autora do discão Back to Black (2006), Amy Winehouse.

Com fortes referências de soul, ritmos jamaicanos e dona de um visual digno dos grandes trios femininos dos anos 60, como Shangri-las e Ronettes, Amy representou uma renovação na música e nos presenteou com canções do nível de “Rehab” e “Tears Dry on Their Own”. Tudo bem, ela mergulhou de cabeça na combinação álcool-drogas, assim como grandes nomes do jazz e do rock, mas não vem ao caso criticá-la por conta disso.

Já faz um ano que Amy morreu’, os jornais estampam em seus conceituados sites. É verdade, o tempo passou, hoje sou jornalista formado e a música não tem mais Amy Winehouse. Uma coisa é certa, se o tempo nos traz alegrias, também provoca efeitos devastadores em nossas vidas, como a escritora Jennifer Egan narra brilhantemente em A Visita Cruel Do Tempo.

Se hoje é um dia triste para quem admira o trabalho da cantora britânica, vale a pena relembrar seus grandes momentos. No vídeo acima – um dos meus favoritos –, Amy resgata o clássico “Stagger Lee”, canção que ficou famosa nos anos 60, na voz de Lloyd Price. Saudades de você, Amy. 

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